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Referência:
CALDIN, Clarice Fortkamp . A teoria merleau-pontyana da linguagem e a biblioterapia . . Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, v. 8, n. 2, p. 23-40, jul./dez. 2011

Descritor(es):
TEORIA MERLEAU-PONTYANA DA LINGUAGEM, FALA FALANTE, BIBLIOTERAPIA, LEITURA TERAPÊUTICA.

Resumo:
O artigo expõe o problema da linguagem, com abordagem fenomenológica, como foi tratado por Husserl e por Merleau-Ponty. Husserl considerou a linguagem um objeto do pensamento, essência de uma gramática universal. Merleau-Ponty defendeu a linguagem como meio por excelência de comunicação, cujos signos refletem a cultura e as palavras possuem corporeidade. A teoria merleau-pontyana da expressão admite duas linguagens: a fala falada e a fala falante. A linguagem falada é o conjunto das significações de uma língua; a linguagem falante é transfiguração dessas significações. É da fala falante, produtora de significados, que se ocupa a biblioterapia. Relata-se um Programa de Leitura Terapêutica desenvolvido em uma escola da rede pública estadual no interior da Ilha de Santa Catarina. Tal Programa contemplou leitura, narração e dramatização de textos ficcionais. Apostou no envolvimento dos alunos com o lúdico e o poético e creditou à literatura possibilidades terapêuticas. O diálogo posterior à história (a experiência do outro), a socialização (descontração e alegria) e a retomada do texto (recriação) foram considerados exercícios terapêuticos. Concluiu-se que a biblioterapia é um tratamento alternativo e despretensioso em que a fala, na leitura, narração ou dramatização pode agir como uma terapêutica.

Endereço eletrônico:
http://www.sbu.unicamp.br/seer/ojs/index.php/rbci/article/view/480/325 Acessado em: 18 out. 2012