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Referência:
FURLAN, Oswaldo Antônio. 250 anos de influencia açoriana no portugues do Brasil. . Ágora, Florianopólis, v. 13, n. 27, p.17-26, 1998

Descritor(es):
INFLUÊNCIA, AÇORIANA, PORTUGUÊS, CULTURA.

Resumo:
É tradicional falar da faixa litorânea do Estado de Santa Catarina (SC), que, em 1748/1756, recebeu grande contingente de açorianos, contém traços que o distinguem dos falares circunvizinhos. Dentre eles sobressaem estes: fônicos: pronúncia álveo-palatal (chiada) do /s/ final de sílaba (fisga, diz, mês); absorção do iode por subseq¨ente /s/ palatalizado (mais, seis, dois, móveis dosh... móvesh); pronúncia velar/uvular do /r/ forte (roda, carro, genro, bilro, Israel); apoio paragógico de [e] a oxítonos em -1, -r, -s, -z ante pausa (sol, mar, mes, faz sole... fage); africação e palatalização de /t, d/ entre iode e vogal recuada átona (peito, peido pejtju, pejdju); ênfase da vogal tônica em prejuízo das átonas e rapidez de ritmo; elevação entoacional da parte final das assertivas enfáticas (óia, óia, oia! - Olha...!); morfo-sintáticos e léxico-semânticos: tratamento familiar por tu x vós; uso dos termos gueixa (potranca), áamarrita (manto), bernúncia (bicho-papão). Donde procederam esses traços? dos falares do português europeu continental? dos falares açorianos? de outros falares brasileiros? de natural evolução dos falares que o geraram em SC?

Endereço eletrônico:
http://agora.emnuvens.com.br/ra/article/view/190/pdf Acessado em: 19 mar. 2013