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Referência:
CRIPPA, Giulia . O pensamento da diferença e a mediaçao da informaçao institucional em bibliotecas públicas: consideraçoes teóricas sobre mediaçao de genero. . Tendencias da Pesquisa Brasileira em Ciencia da Informação, João Pessoa, v. 4, n. 1, p. 1-17, jan./dez. 2011

Notas:
MEDIAÇÃO DA INFORMAÇÃO
TEORIA DA DIFERENÇA
BIBLIOTECA.

Descritor(es):
--- não informado ---

Resumo:
Este trabalho utiliza a categoria analítica de gênero, ainda pouco presente na Ciência da Informação, para propor um modelo teórico de mediação centrado na diferença sexual para o acesso ao conhecimento institucionalizado e público. Privilegia-se, nesse sentido, o espaço representado pela biblioteca pública. Pretendemos, aqui, colocar algumas bases para um mapeamento mais amplo sobre as mulheres no papel de protagonistas na produção e circulação de saberes institucionalizados no âmbito das bibliotecas, assim como no papel de agentes que se apropriam da informação: as mulheres denominadas, daqui em diante, com o termo adotado pela C.I. e declinado no feminino de "usuárias". As questões apresentadas, de natureza teórica, buscam oferecer uma intersecção entre a proposta acadêmica dos Estudos de Gênero chamada Pensamento da Diferença, e os problemas de Mediação que existem dentro do espaço público da biblioteca. O pensamento da diferença discute a hipótese de uma tipologia específica de mediação, fundamentada na ideia de genealogia feminina, negada. Por outro lado, o espaço público, proposto como lugar do neutro, é historicamente moldado em uma genealogia patriarcal. Decorre disso um lapso nas formas e linguagens da mediação da/para as mulheres no espaço público, representado pela biblioteca, onde se assume que o conhecimento e a apropriação da informação se realizam neutramente. A noção de subalternidade oferecida por Spivak (2010) remete à aprendizagem de linguagens e gestos hegemônicos como universais. Todavia, o subalterno, identificado, aqui, com o gênero que envolve profissionais e usuárias, possui linguagens e gestos próprios que, quando reconhecidos, transformam os atos de circulação e apropriação da informação vista não mais como neutra.

Endereço eletrônico:
http://inseer.ibict.br/ancib/index.php/tpbci/article/view/46/83 Acessado em: 23 out. 2012