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Referência:
SANSON, Cesar . A producao biopolitica e constitutiva ao capitalismo cognitivo. . Liinc em Revista, Rio de Janeiro, v. 5, n. 2, p. 206-214, set. 2009

Descritor(es):
TRABALHO, SUJEITO DO TRABALHO, TRABALHO IMATERIAL, CAPITALISMO COGNITIVO, BIOPOLITICA .

Resumo:
Os últimos anos do século XX imprimiram uma nova configuração à sociedade do trabalho. Assiste-se a mudanças profundas que alteram significativamente o modo produtivo e desorganizam o mundo do trabalho que se conhece. No epicentro do deslocamento, encontra-se a emergência da economia do imaterial e do trabalho imaterial. Essas características estão modificando o modo produtivo e, mais do que isso, a relação do trabalhador com o seu trabalho. Estamos transitando da sociedade industrial para a sociedade pós-industrial, da sociedade do trabalho da reprodução à sociedade do trabalho da bioprodução. Uma passagem da reprodução da vida à produção da vida. Da sociedade do biopoder à biopolítica. Uma transição que envolve uma ressignificação do conceito força de trabalho. A sociedade industrial, taylorista/fordista, mobilizou massas enormes de trabalhadores e os empurrou para uma divisão técnica do trabalho que lhes reservava tarefas simples e repetitivas. A sociedade industrial cindiu o operário e reduziu-o a uma máquina produtiva. Assiste-se, agora, a uma transformação significativa do sujeito do trabalho na sua relação com a produção. O capitalismo cognitivo, em sua versão pósindustrial, sob a hegemonia qualitativa do trabalho imaterial, tendo em sua base o conhecimento, a comunicação e a cooperação, faz emergir uma outra subjetividade que, ao mesmo tempo em que é requerida pelo capital, preserva a sua autonomia e é portadora de emancipação.

Endereço eletrônico:
http://revista.ibict.br/liinc/article/view/3200/2857 Acessado em: 18 set. 2017.