Referência: RANGEL, Marcio Ferreira. A cidade, o museu e a colecao. . ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIENCIA DA INFORMACAO, ANCIB . Anais..., 2010. p. 1-13
Descritor(es):
MUSEU, COLECAO, CIDADE.
Resumo: O presente artigo analisa a formação das coleções do Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro, à luz das reformas urbanas ocorridas ao longo do tempo, na antiga capital da República. As sucessivas interferências na cidade criaram um acervo extremamente fragmentado. Os objetos que o compõem, em sua maioria, não foram para o museu pelo desejo de colecionar. Buscamos caracterizar e analisar a formação do referido acervo, no sentido de identificar a existência de um projeto museológico definido pela instituição, com base na documentação disponível nos arquivos e no depoimento de alguns personagens que participaram do processo. Diferentes objetos, de diferentes períodos, tornaram-se testemunhos dos movimentos que o Rio de Janeiro realizou. Espaços públicos, prédios governamentais, religiosos e particulares, todos foram afetados pela transformação da cidade. Ao serem retirados da urbs e levados para o museu, os bens que vieram a fazer parte do acervo perderam o seu valor estético, de uso, decorativo ou econômico e passaram a possuir somente o valor de testemunhos. A excessiva fragmentação do acervo dificulta a sua representatividade em relação à cidade.
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