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Referência:
SOARES, Bruno Cesar Brulon, SCHEINER, Tereza Cristina M., CAMPOS, Marcio D'Olne. Sobre comunidades e museus: do gueto ao grupo social musealizado . . ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIENCIA DA INFORMACAO, ANCIB . Anais..., 2010. p. 1-24

Descritor(es):
MUSEU, MUSEOLOGIA, COMUNIDADE, GUETO, MUSEU COMUNITARIO, IDENTIDADE SOCIAL .

Resumo:
O termo 'comunidade', nos seus diversos usos, vem se mostrando vago e elusivo por apresentar numeráveis significados. A crítica à sua utilização pelas ciências sociais buscou reformular o campo ocupado pelos estudos de comunidade, o que resultou na proposta de uma investigação voltada para sistemas sociais locais que, entretanto, não são concebidos isoladamente das estruturas e processos sociais operativos mais amplos. A tentativa de se pensar, diferentemente, em 'grupos sociais' constitui um exemplo desta revisão conceitual. Com o objetivo de defender um uso mais complexificado dos termos na pesquisa museológica, este artigo discute brevemente as implicações sociais e históricas do museu comunitário como um constructo recente. A comunidade atualmente pode ser representada de forma depreciativa como na noção de gueto, assim como pode ser exaltada, como na evocação de museus comunitários nos mais diferentes contextos. O que está em disputa nestes museus é o próprio sentido da comunidade e seus efeitos normativos na vida das pessoas. Com efeito, museus comunitários constantemente devem lidar com contextos altamente politizados nos quais estão em jogo as identidades sociais assim como a distinção do grupo. Finalmente, o profissional de museu, o especialista detentor de um conhecimento autorizado, está investido da responsabilidade de atuar de forma reflexiva, reconhecendo que um verdadeiro estudo sobre museus comunitários tem início com uma pesquisa empírica séria - isto é, que produz dados sistemáticos para o entendimento dos fenômenos sociais.