Biblioteca da Escola de Ciência da Informação
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Referência:
BORGES, Luiz Carlos, BOTELHO, Marília Braz . Positivismo e Artes Plásticas: o Museu Nacional e a I Exposição Antropológica Brasileira (1882) . . In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 13., 2012, Rio de Janeiro. Anais.... Rio de Janeiro : Fiocruz, 2012

Descritor(es):
ARTE; CIÊNCIA; EXPOSIÇÃO; ÍNDIO; POSITIVISMO

Resumo:
O Brasil foi um dos países em que o positivismo, criado por Auguste Comte, teve bastante influência, da segunda metade do século XIX ao início do XX. Os preceitos positivistas impregnaram parte da elite intelectual brasileira, nos meios cultural, acadêmico, militar e político. Fortemente ligado ao progresso científico e social, o positivismo contribuiu para uma série de evoluções no país, tanto a nível administrativo, como social e cultural. No campo da arte, o positivismo estipulava que as obras deveriam ter sempre um caráter científico, realista e detalhista, pois deviam basear-se na observação dos fatos, além de possuir uma forte temática política e moral. Poucos artistas aderiram ao ideário positivista e a crítica nem sempre se mostrou favorável à arte feita nesses moldes. Nosso principal objetivo nesse estudo é mostrar, de um lado, como se realiza esteticamente o discurso positivista nas obras de Décio Villares e Aurélio Figueiredo, as quais constituem testemunhos materiais expressivos de um período da cultura científica e artística brasileira, havendo nelas, portanto, um componente de arquivo e memória; e, de outro, a relação entre a obra artística positivista e antropologia física, ao pontuar as obras que tematizam índios brasileiros, em especial os Botocudos, e que figuraram na I Exposição Antropológica Brasileira, realizada no Museu Nacional em 1882. Como fundamentação teórico-metodológica, utilizamos referenciais da história da arte e da história da ciência, além de conceitos como memória, representação e musealização. Da análise dessas obras artísticas, constatamos que a sua presença em uma exposição antropológica se justificava pelo seu teor realista na representação dos índios, e que a escolha dos Botocudos, como tema de impacto, se devia ao papel paradigmático que esses índios tinham para a ciência do XIX. Enfim, consideramos que tais obras (pintura, escultura e fotografia) fazem parte do patrimônio artístico brasileiro.

Endereço eletrônico:
http://enancib.ibict.br/index.php/enancib/xiiienancib/paper/viewFile/3927/3050 Acessado em: 26 jul. 2016

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