Referência: FONSECA E SA, Maria Irene da. Bases digitais e a avaliacao de programas de pesquisa
e desenvolvimento. . In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTACAO E CIENCIA DA INFORMACAO, 24., 2011, Maceio. Anais... Maceio : Febab, 2011
Descritor(es): AVALIACAO DE PROGRAMAS; BASES DIGITAIS; INTEROPERABILIDADE; POLITICAS PUBLICAS
Resumo: A reflexão sobre tipos de canais para o acesso livre á produção
cientifica, nos leva ao estudo de bases digitais institucionais, nas
quais a responsabilidade será da instituição no estabelecimento de
normas e padrões, que devem disciplinar e sistematizar a atividade
do arquivamento. A discussão de condicionar a concessão de
financiamento público à pesquisa ao depósito dos resultados em
bases de dados de acesso livre está em progresso em vários países.
As universidades e centros de pesquisa não deveriam estar apenas
preocupados com a produção de informação e conhecimento, mas
com sua circulação e apropriação. O baixo custo e a velocidade dos
fluxos internacionais de informação permitem o contato direto de
pesquisadores, não importando em que ponto do globo terrestre
eles se encontram. No entanto, para que o intercâmbio da
informação seja realizado de forma ampla e irrestrita é necessária a
utilização de artefatos científicos padronizados, linguagens e
padrões de comunicação adequados e normatizados. Assim, como
reflexão da realidade apresentada, surge a questão: poderão as
bases digitais institucionais ser utilizadas de forma a servirem aos
processos de avaliação dos programas de pesquisa e
desenvolvimento, além de mostrar a produtividade das instituições?
O estudo de casos de construção de bases digitais traçando
similaridades e diferenças, observando vantagens e desvantagens
de cada caso, fazendo uso da estratégia comparativa, é indicado de
forma a trabalhar com a diversidade de casos existentes a nível
mundial. A partir da observação e do estudo de: padrões
internacionais, evoluções no mercado de informação mundial,
processos de interação com o produtor da informação, algoritmos
para recuperação da informação e interação com o usuário da
informação, será possível definir mecanismos que possibilitem a
uma base institucional refletir a produtividade da instituição, ao
mesmo tempo em que é propiciada a visibilidade das pesquisas e
desenvolvimentos realizados na mesma, permitindo a avaliação de
programas. Cabe às instituições e ao governo fomentar políticas
que cobrem dos pesquisadores o depósito dos resultados de suas
pesquisas/projetos em bases institucionais, atendendo a requisitos
públicos. Na medida em que é desejável ter bases institucionais
que sirvam à avaliação de programas, é necessário traçar políticas
públicas que prescrevam normas e padrões de representação,
indexação, classificação e recuperação da informação armazenada.
Questões como interoperabilidade e intercomunicação, envolvendo
as diversas bases institucionais, devem representar a principal
motivação para fomentar novas e profundas discussões sobre a
utilidade de tais bases.
Número de Chamada: http://www.febab.org.br/congressos/index.php/cbbd/xxiv/paper/view/268/524 06 set. 2011
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